quarta-feira, 30 de junho de 2010

Manchester City contrata David Silva


O Manchester City anunciou, na manhã desta quarta-feira, a contratação de David Silva, meio campista de 24 anos, que estava no Valencia. O jogador, que defende a Espanha na Copa do Mundo, se apresentará ao City para assinar contrato quando terminar a campanha de sua seleção na África do Sul. O valor da transferência não foi divulgado, e o contrato tem validade de cinco temporadas.

Silva era um dos jogadores mais cobiçados do futebol mundial, especialmente depois que o Valencia, durante a temporada passada, passou por diversos problemas financeiros. Em entrevista ao site oficial do Man City, ele disse: "Eu acho a Premier League uma das melhores competições no mundo e eu quero trazer sucesso ao City e ganhar muitos troféus".

O treinador Roberto Mancini também mostrou-se otimista: "Eu acho o David Silva um dos melhores meio campistas da Europa, e eu espero ele seja um jogador muito importante para o Manchester City".

David Silva é o segundo reforço de peso do clube, que já havia contratado o defensor Jerome Boateng, vindo do Hamburg por 10 milhões de libras.

terça-feira, 29 de junho de 2010

Balanço da temporada - Arsenal


Com uma pausa para a Copa do Mundo, o Papo de Pub volta com sua coluna fazendo um balanço geral da campanha dos 20 times da Premier League. Começando com Chelsea e Manchester United, hoje é a vez do Arsenal.


Arsenal FC
Treinador: Arsène Wenger
Colocação:(mandante: 3º / visitante: 4º)
Principal jogador: Cesc Fabregas
Decepção: Mikäel Silvestre
Artilheiro: Cesc Fabregas (15 gols)
Mais partidas: Bacary Sagna (35)
Campanha: 23 V, 6 E, 9 D, 83 GP, 41 GC
Avaliação: regular


- Premier League

Antes do campeonato começar, havia um sentimento de pessimismo no lado vermelho de Londres, tido como a quarta força. A preocupação fazia sentido, pois foi, do 'big four', quem menos investiu.

E veio uma avassaladora estreia, fazendo 6 x 1 no Everton, fora de casa, e viu-se que o trabalho de Arsène Wenger poderia, mais uma vez, surpreender. E a campanha foi, de fato, surpreendente: na 31ª rodada, o Arsenal se encontrava na terceira colocação, mas a dois pontos do líder Chelsea.

Nas duas rodadas seguintes, tropeço em Birmingham e vitória aos 49 minutos do 2º tempo contra o Wolverhampton. Na 34ª rodada, o fim da Premier League para os Gunners: derrota pro 2 x 1 para o arqui-rival Tottenham, resultado que fez o Chelsea abrir 6 pontos, e polarizando a disputa com o Manchester United.

- Liga dos Campeões

A fase de grupos foi quase um treino de luxo para o time de Arsène Wenger. Venceu o Standard Liège por duas vezes, empatou e ganhou do AZ Alkmaar e ganhou e perdeu do Olympiacos, se classificando com 13 pontos, em primeiro lugar.

Nas oitavas-de-final, duelo contra o Porto. No Estádio do Dragão, um mau jogo dos Gunners, e derrota por 2 x 1 (gol de Sol Campbell). Porém, no Emirates Stadium, comandado por Nicklas Bendtner, autor de três gols, o Arsenal goleou por 5 x 0, garantindo sua passagem a fase seguinte.

Aí, como se diz, o "buraco era mais embaixo". Duelo contra o atual campeão, Barcelona. A partida de ida, em Londres, foi um massacre espanhol como poucas vezes se viu no futebol, com o Barça criando dezenas de chances num pequeno espaço de tempo, parando nos milagres de Manuel Almunia. No início do segundo tempo, com 2 gols de Ibrahimovic, o time catalão parecia assegurar a vaga, mas Walcott e Fabregas empataram o jogo.

No Camp Nou, deu a lógica, e por goleada: 4 x 1, com todos os gols anotados por Lionel Messi.

- Copa da Inglaterra

Após derrotar o rival West Ham, fora de casa, na 3ª eliminatória, caiu na seguinte, diante do Stoke City, por 3 x 1.

- Copa da Liga Inglesa

Eliminando West Bromwich e Liverpool, parou nas quartas-de-final, derrotado pelo Manchester City por 3 x 0.


Time-base(4-2-3-1):
Almunia; Sagna, Gallas, Vermaelen e Clichy; Song-Billong e Diaby; Nasri, Fabregas e Arshavin; Bendtner.

segunda-feira, 28 de junho de 2010

Tanta estrela para pouco céu


Na partida dos opostos, os jovens alemães venceram os experientes ingleses, com sonoros 4 a 1, e se classificaram para as quartas-de-final da Copa do Mundo. O próximo adversário da Alemanha será a Argentina.

Neste post, não vou escrever muito sobre a Alemanha, que fez um belíssimo jogo por sinal e mereceu a vitória, mesmo com um erro clamoroso do árbitro que poderia ter mudado, em partes, um pouco a história desta partida. Mesmo que mereça, também não irei destacar o belo confronto, talvez o melhor desta copa. Reservo este post para escrever brevemente sobre a atuação da Inglaterra nesta Copa do Mundo.

Uma seleção que chegou a Copa do Mundo comandada por um reconhecidamente excelente e bastante experiente, o “mestre” Fábio Capello, técnico mais bem pago deste mundial disparado com 8.800.000 euros anuais e que tinha dentre seus comandados uma seleção repleta de craques e de atletas que atuam na Inglaterra, como Rooney, Lampard, Gerrard e cia.

Tudo isso é teoria.

Na prática, Capello insistiu no esquema 4-4-2, sendo que, só para citar, Lampard e Gerrard, nem no Chelsea e muito menos no Liverpool, jogam assim. Estes atletas experientes juntamente com Rooney fizeram um mundial como jogadores “normais” e nem de longe tiveram atuações que geralmente tem em seus clubes, dentre vários outros fatores que podemos tentar explicar o quem sabe até a inexplicável campanha inglesa nesta copa.

Uma seleção apática, mesmo de craques. Com jogadores que pouco conversavam entre si, talvez por anos e anos de rivalidade em seus clubes, e que por isso em pouquíssimos momentos mostraram-se unidos em prol de sua pátria na gana por obter boas atuações ou até mesmo pela conquista de um resultado.

Nem o dinheiro, os craques, a mídia, a camisa, etc, foram capazes de fazer os ingleses sonharem com o título. Numa seleção de muitas estrelas, para pouco pouco céu.

domingo, 27 de junho de 2010

Eliminação justa, mas a arbitragem influenciou na derrota da Inglaterra

Em jogo válido pelas oitavas-de-final da Copa do Mundo, a Inglaterra enfrentou a Alemanha, em Bloemfontein, e foi derrotada por 4 x 1, resultado que resume a campanha: uma tragédia. Nunca é demais lembrar que esse confronto só ocorreu logo na primeira fase mata-mata porque o English Team conseguiu não terminar em primeiro lugar num grupo com Estados Unidos, Eslovênia e Argélia.

Após ter deixado claro a justiça que foi a eliminação, não dá pra deixar de falar do erro de arbitragem contra a Inglaterra. Após sofrer o 2 x 0, ficava a sensação que a goleada sairia ainda no primeiro tempo, mas na base do abafa, e até da sorte, Matthew Upson, de cabeça, descontou aos 37 minutos. Dois minutos depois, ou nem isso, veio o lance-chave da partida: Frank Lampard bateu por cobertura, encobrindo Manuel Neuer, a bola bateu no travessão e quicou muito, mas muito dentro do gol. Nem o árbitro Jorge Larrionda e nem o assistente Mauricio Espinoza enxergaram o que o mundo inteiro viu.


Já passou da hora da FIFA deixar de ser antiquada e adotar recursos eletrônicos. Se a Inglaterra empatasse a partida, como deveria ter empatado, não iria se expor tanto aos contra-ataques na segunda etapa. E lembremos: começou bem o segundo tempo, teve até outra bola no travessão de Lampard.

Agora, Fabio Capello 'morreu' abraçado ao 4-4-2 em linha. É injustificável tentar acomodar Steven Gerrard aberto pela esquerda, sendo que ele nunca faz essa função no Liverpool. Se for pra perdê-lo, que seja de primeiro volante então, ao menos joga numa posição centralizada, e deixaria a meia esquerda pra alguém da posição, como Joe Cole.



Tem coisas que não dá pra entender em Capello. Vimos Wayne Rooney jogar muita bola no Manchester United, muitas vezes sendo o único atacante num 4-5-1. Por que não adotar o mesmo esquema? Gerrard poderia jogar centralizado, fazendo a mesma função que faz nos Reds, jogando imediatamente atrás de Fernando Torres.

Outra coisa inexplicável é ter em Peter Crouch a melhor média de gols da Inglaterra, e ser reserva tanto de Emile Heskey quanto de Jermain Defoe. É como se ele acreditasse no rótulo de que Crouch é apenas um grandalhão que só sabe cabecear. Quem assiste aos jogos do Tottenham sabe que não é isso.

Gareth Barry deixou claro que não tinha condições de jogar a Copa do Mundo na partida de hoje. No lance do terceiro gol, perdeu a bola dentro da área alemã, que resultou no primeiro contra-ataque. No quarto gol, demonstrou constrangedora falta de velocidade e resistência pra acompanhar Mesut Özil.

Glen Johnson e Ashley Cole são os laterais ofensivos de Liverpool e Chelsea, respectivamente, que deixam, na maioria das vezes, Emiliano Insúa e Branislav Ivanovic preso atrás, pra que ambos possam atacar. Porém, sentindo que o esquema não os resguardaria caso subissem ao ataque, pouco apareceram na frente.

Pra completar, ainda teve a má Copa de todos os zagueiros, incluindo John Terry. Isso sem citar a tétrica estreia de Robert Green, com o frango mais ridículo até aqui. David James entrou e foi bem, é um dos poucos que saem com algo positivo no Mundial.

Fabio Capello ainda não sabe se ficará no comando do time.


Ficha da partida:

Alemanha: Neuer; Lahm, Mertesacker, Arne Friedrich e Jerome Boateng; Khedira e Schweinsteiger; Thomas Müller(72' Trochowski), Özil(83' Kiessling) e Podolski; Klose(72' Mario Gomez).
Téc.: Joachim Löw.

Inglaterra: David James; Glen Johnson(87' Wright-Phillips), Terry, Upson e Ashley Cole; James Milner(64' Joe Cole), Lampard, Barry e Gerrard; Defoe(71' Heskey) e Rooney.
Téc.: Fabio Capello.

Gols: Klose 20', Podolski 32' e Thomas Müller 67' e 70'; Upson 37'

quarta-feira, 23 de junho de 2010

No sufoco, Inglaterra vence Eslovênia e se classifica

Ainda não foi aquela Inglaterra que todos imaginavam que seria, nem tudo foi perfeito, mas a seleção de Fabio Capello já mostrou alguma evolução em comparação com as últimas partidas e conseguiu avançar para as oitavas-de-final.

Capello repetiu contra a Eslovênia a formação básica que utilizou nas duas últimas partidas, ou seja, um 4-4-2. Entretanto, se o esquema foi o mesmo, a mudança principal foi nas peças em campo. Milner, que contra os EUA foi o primeiro homem da esquerda no meio de campo, foi deslocado para a direita, no lugar de Lennon, e deu certo. Tanto que foi dele a assistência para o gol de Defoe, que foi titular fazendo dupla de ataque com Rooney, substituindo o inoperante Heskey.

Assim, a linha de quatro no meio de campo inglês fica, na ordem, com Gerrard, na esquerda, Barry e Lampard no centro e Milner na direita.


Não creio que o 4-4-2 seja o esquema ideal da Inglaterra, em função de ser uma formação hoje pouco utilizada nos times destes jogadores e que acaba sacrificando Gerrard e Lampard na marcação. Porém, Fábio Capello dificilmente irá mexer neste esquema.

Um problema que ainda precisa ser resolvido na Inglaterra é a questão do jogador que formará dupla de zaga com Terry. Com Ferdinand machucado e fora da copa, Capello ainda não definiu um substituto. Contra os EUA jogou King, diante da Argélia foi Carragher, já no confronto com a Eslovênia, o titular foi Upson.
Sobre este jogo ainda, teve um fato curioso. A vitória da Inglaterra e o empate entre EUA e Argélia davam a classificação para a Eslovênia e o English Team. Entretanto, exatamente quando acabou este confronto, Donavan marca para a seleção americana e elimina a Eslovênia... Coisas do futebol.


Ficha da partida:

Eslovênia: Samir Handanovic; Brecko, Suler, Bostjan Cesar e Jokic; Birsa, Radosavljevic, Koren e Kirm(79' Matavz); Ljubijankic(62' Dedic) e Novakovic.
Téc.: Matjaz Kek.

Inglaterra: David James; Glen Johnson, Terry, Upson e Ashley Cole; James Milner, Lampard, Barry e Gerrard; Defoe(86' Heskey) e Rooney(72' Joe Cole).
Téc.: Fabio Capello.

sábado, 19 de junho de 2010

Inglaterra decepciona mais uma vez e se complica no Mundial

Era o jogo da reabilitação. Após um decepcionante empate com os Estados Unidos na estreia, por 1 x 1, a Inglaterra tinha na segunda rodada a chance ideal para se reerguer, enfrentando a Argélia, teórico time mais fraco do grupo. Porém, jogando muito mal, não passou de um 0 x 0 com a equipe africana, e complicou demais sua classificação.

Em termos da classificação em si, a Inglaterra ainda depende só do seu resultado: vencendo a Eslovênia, por qualquer placar, está garantida na próxima fase. O que preocupa é o futebol apresentado até aqui, que beira o patético em uma seleção cercada de tantas expectativas.

E aí parece morar o primeiro problema: o excesso de estrelas. Não é o caso de salto alto nem vaidade, mas fica a nítida sensação que os jogadores são tão estrelas em times tão rivais da Premier League, que um não tem coragem de dar uma bronca no outro, dar uma dica. Não se vê Jamie Carragher, do Liverpool, conversando com John Terry, do Chelsea; não se vê Steven Gerrard, do Liverpool, Frank Lampard, do Chelsea, e Wayne Rooney, do Manchester United, conversando entre eles. Todos estrelas máximas de seus times, e em campo parece que cada um tá defendendo a honra do seu clube, e não formando uma seleção.

Isso ofusca até análises táticas, mas elas precisam acontecer. Não tem perdão o técnico, disparado, o mais bem pago de todas as seleções do mundo, insistir de maneira tão estúpida em Emile Heskey, autor de 'incríveis' 5 gols em 40 jogos na temporada pelo Aston Villa. E não bastasse o jogador em si, sua escalação faz com que Gerrard jogue deslocado no setor esquerdo do meio campo, posição que ele nunca faz no Liverpool.


Naturalmente, os jogadores também têm sua parcela de culpa. A Copa do Mundo de Lampard é algo tétrico, digno de dar lugar a outro jogador no time titular, não tem justificativa tática que explique duas partidas tão abaixo da linha do inaceitável. Rooney não mostrou nada até agora, e isso é preocupante, pois a melhor alternativa tática é escalá-lo sozinho no ataque, entrando Joe Cole no meio campo pela esquerda e centralizando Gerrard, mas se o astro do Manchester United estiver com problemas físicos, jogar sozinho pode ser ainda pior.

Se Capello quiser insistir com dois atacantes, não tem sentido que um deles não seja ou Jermain Defoe ou Peter Crouch. A opção pelo segundo parece a mais acertada, pois Crouch sabe jogar com bola no pé, e essa seleção não tem o vício da seleção de 2006, que pegava a bola e logo tentava cruzar a bola na área, pois nenhum dos titulares tem essa característica que, em especial, David Beckham tinha na Copa passada.

A classificação ainda é possível, e até bem provável que ocorra, mas jogando do jeito que está, o English Team não vai longe.


Ficha da partida:

Inglaterra: David James; Glen Johnson, Carragher, Terry e Ashley Cole; Barry(84' Crouch), Lennon(63' Wright-Phillips), Lampard e Gerrard; Rooney e Heskey(74' Defoe).
Téc.: Fabio Capello.

Argélia: M'Bolhi; Bougherra, Halliche, Yahia e Belhadj; Yebda(88' Mesbah) e Lacen; Kadir, Boudebouz(74' Abdoun) e Ziani(81' Guedioura); Matmour.
Téc.: Rabah Saadane.

quinta-feira, 17 de junho de 2010

Definido calendário da temporada 2010/11 da Premier League


A Football Association definiu nesta quinta-feira toda a tabela da temporada 2010/11 da Premier League, e o destaque fica para o clássico entre Liverpool x Arsenal, logo na primeira rodada, no dia 14 de agosto. O campeão Chelsea recebe o recém-promovido West Bromwich, enquanto o Manchester United recebe o Newcastle, campeão da Championship na temporada passada.

Também chama a atenção o duelo Tottenham x Manchester City, times que brigaram até a penúltima rodada pela vaga na UEFA Champions League, com o time londrino levando a melhor.

Confira as três primeiras rodadas:

1ª Rodada - 14/08

Liverpool x Arsenal
Chelsea x West Bromwich
Manchester United x Newcastle
Tottenham x Manchester City
Bolton x Fulham
Blackburn x Everton
Blackpool x Wigan
Sunderland x Birmingham
Wolverhampton x Stoke City
Aston Villa x West Ham

2ª Rodada - 21/08

Manchester City x Liverpool
Arsenal x Blackpool
West Ham x Bolton
Newcastle x Aston Villa
Wigan x Chelsea
Fulham x Manchester United
Birmingham x Blackburn
Everton x Wolverhampton
Stoke City x Tottenham
West Bromwich x Sunderland

3ª Rodada - 28/08

Bolton x Birmingham
Liverpool x West Bromwich
Manchester United x West Ham
Sunderland x Manchester City
Chelsea x Stoke City
Aston Villa x Everton
Tottenham x Wigan
Wolverhampton x Newcastle
Blackburn x Arsenal
Blackpool x Fulham

domingo, 13 de junho de 2010

Inglaterra estreia mal na Copa do Mundo: O que fazer para melhorar?

No jogo que abriu as atividades do Grupo C da Copa do Mundo, a Inglaterra não passou de um empate por 1 x 1 com os Estados Unidos, no estádio Royal Bafokeng, em Rustemburg. Steven Gerrard abriu o placar para o selecionado inglês, mas Clint Dempsey, do Fulham, empatou, em falha terrível de Robert Green.

Fabio Capello mandou o time num 4-4-2 clássico, em linha:


Mas suas opções foram discutíveis. A começar pelo gol, onde Green não aparecia como o mais cotado e nem o mais preparado pra função, e provou isso no absurdo frango que sofreu.

Na zaga, Ledley King começou como titular, mas, como sempre, precisou ser substituído no intervalo por conta de uma lesão, que o tirará, inclusive, da próxima rodada, contra a Argélia. A Inglaterra não pode ser dar ao luxo de 'queimar' uma alteração em troca de zagueiros, isso limita a apenas duas alterações as opções de Capello pra mudar a cara de uma partida onde esteja perdendo, por exemplo.

Mas o grande problema foi o meio de campo. No papel é bonito, mas na prática não dá pra jogar com Gerrard e Frank Lampard em linha na faixa central, isso exige de ambos um poder de marcação do qual não precisariam dispender se tivesse, por exemplo, Michael Carrick atrás deles, já que Gareth Barry se recupera de lesão. O meia do Liverpool ainda fez o gol, mas Lampard foi patético.

Outro problema foi James Milner. Passou a temporada quase que inteira no Aston Villa jogando como meia central, onde foi o melhor jogador do time na temporada. Não parecia o momento de tentar colocá-lo em sua antiga função de winger. Foi substituído com 31 minutos de partida, por ter levado cartão amarelo e deixando espaços no setor esquerdo, onde não conseguia marcar nem Landon Donovan, nem Steve Cherundolo.

Pra completar, a inaceitável opção por Emile Heskey. Deu a assistência pro gol, mas justificou, mais uma vez, sua pífia temporada de 5 gols em 40 jogos. Na grande chance do English Team na partida, o atacante do Aston Villa foi ridículo, chutando exatamente onde estava Tim Howard, goleiro do Everton.

Algumas soluções se apresentam quase como óbvias. Primeiro a troca de goleiros, seja por David James, seja por Joe Hart. A segunda é Jamie Carragher, Matthew Upson ou Michael Dawson no lugar de Ledley King.

Uma mudança de jogadores precisa acontecer se Capello quer jogar nesse 4-4-2. Gerrard fez alguns jogos como meia aberto pela esquerda, mas sem funções de um winger, e sim de ser o armador pelo setor, centralizando o jogo. Isso implicaria na entrada de um volante, como Carrick, e daria a Lampard a liberdade necessária pra ser um jogador que desequilibre tal qual faz no Chelsea. E não dá, em hipótese alguma, pra deixar Peter Crouch no banco.


Também pode acontecer uma mudança tática, tirando o insosso Heskey e colocando Joe Cole, com Milner jogando onde mais se destacou na temporada, de meia central, fazendo dupla com Lampard. À frente dessa linha estaria Gerrard, próximo de Wayne Rooney, tal qual faz muitas vezes no Liverpool com Fernando Torres, num 4-4-1-1. Se não for Milner, pode ser Carrick ou o titular Barry, caso se recupere de lesão; o que não dá é pra matar Gerrard e Lampard numa formação em linha.


Contra Argélia e Eslovênia, é bem provável que a formação inicial do empate contra os Estados Unidos dê pra vencer sem grandes sustos, mas Fabio Capello precisa fazer algo já na primeira fase, porque depois, no mata-mata, a pressão entre mudar ou não mudar aumenta. E olha que um confronto com a Alemanha já na fase seguinte não é nada improvável de acontecer...


Ficha da partida:

Inglaterra: Green; Glen Johnson, Ledley King(46' Carragher), Terry e Ashley Cole; Lennon, Gerrard, Lampard e James Milner(31' Wright-Phillips); Rooney e Heskey(79' Crouch).
Téc.: Fabio Capello.

EUA: Howard; Cherundolo, DeMerit, Onyewu e Bocanegra; Dempsey, Michael Bradley, Ricardo Clark e Donovan; Findley(77' Buddle) e Altidore(86' Holden).
Téc.: Bob Bradley.

terça-feira, 8 de junho de 2010

Manchester City dispensa Sylvinho, Petrov e Mwaruwari


O Manchester City confirmou, através de seu site oficial, que não conta mais com os jogadores Sylvinho, Martin Petrov e Benjani Mwaruwari. Os três estão livres para procurar outros clubes.

O meia búlgaro Petrov, 31 anos, assinou com o City em 2007, quando o clube era dirigido por Sven-Göran Eriksson, assim como o zimbabuano Mwaruwari, 31, contratado no início de 2008, e que teve uma estreia espetacular, marcando o gol da vitória por 2 x 1 no derby contra o Manchester United.

Já o lateral brasileiro Sylvinho, 35, contratado no início da temporada passada, fez apenas nove jogos pelo clube inglês.

sexta-feira, 4 de junho de 2010

Balanço da temporada - Manchester United


Conforme iniciado na semana passada, o Papo de Pub seguirá "fechando" a temporada dos clubes ingleses, com um balanço individual de cada clube.

Seguindo a ordem da classificação, hoje é a vez do Manchester United, vice-campeão inglês, apenas um ponto atrás do campeão Chelsea:


Manchester United FC
Treinador: Alex Ferguson
Colocação:(mandante: 2º / visitante: 1º)
Principal jogador: Wayne Rooney
Decepção: Rio Ferdinand
Artilheiro: Wayne Rooney (26 gols)
Mais partidas: Patrice Evra (38)
Avaliação: regular


- Premier League

Após um 'mandato' de três anos, o Manchester perdeu o título para o Chelsea, por apenas um ponto - 86 a 85. Só que, apesar da diferença mínima, os Red Devils não demonstraram aquela confiança que se sentia em outros anos, até pela ausência de Cristiano Ronaldo e, em menor escala, Carlos Tevez.

Com tais ausências, Wayne Rooney brilhou, marcando 34 gols na temporada, seu recorde pessoal. Mas faltou um parceiro para lhe ajudar com mais regularidade, já que Dimitar Berbatov não prima pela consistência, enquanto Michael Owen, mais uma vez, teve uma temporada de lesões.

Chama a atenção também o número baixíssimo de partidas de Rio Ferdinand, com apenas 13 presenças na Premier League. Seu companheiro de zaga, Nemanja Vidic, também não teve alto número, com 24 partidas. Houve casos em que Alex Ferguson precisou montar sua dupla de zaga com Michael Carrick e Darren Fletcher, tamanho o número de lesões nesse setor.

A grata surpresa foi como o equatoriano Antonio Valencia se firmou no time.

- Liga dos Campeões

Na primeira fase, venceu os dois confrontos contra o Wolfsburg, empatou uma e venceu outra contra o CSKA Moscou e venceu uma e perdeu outra para o Besiktas, classificando-se em primeiro no grupo.

Nas oitavas-de-final, no confronto contra o Milan, imensa superioridade nas duas partidas, vencendo por 3 x 2 em Milão e goleando por 4 x 0 em casa.

Veio o confronto contra o Bayern, e a derrota por 2 x 1, em Munique, com um gol de Ivica Olic aos 47 do 2º tempo. Apesar do revés, não parecia um resultado difícil de reverter.

E a partida de volta mostrou isso, com o time de Alex Ferguson marcando 3 x 0 em 41 minutos de jogo. Veio um gol de Olic no fim do primeiro tempo. Na segunda etapa, a expulsão de Rafael logo aos 5 minutos, e a necessidade de tirar Rooney da partida cinco minutos mais tarde. O gol de Arjen Robben, aos 29 minutos, eliminou o Manchester.

- Copa da Inglaterra

Na competição mais antiga do mundo, eliminação logo no primeiro confronto, em casa, diante do Leeds United, da terceira divisão.

- Copa da Liga Inglesa

Passando por Wolverhampton, Barnsley, Tottenham e Manchester City - numa semifinal épica -, os Red Devils chegaram à decisão contra o Aston Villa e, mesmo com um time misto, venceram, de virada, por 2 x 1, garantindo seu único título na temporada.

- Community Shield

No jogo que abriu oficialmente a temporada na Inglaterra, empate por 2 x 2 contra o Chelsea, e derrota nos pênaltis.


Time-base(4-5-1):
Van der Sar; Gary Neville, Evans, Vidic e Evra; Valencia, Scholes, Carrick, Fletcher e Nani; Rooney.

quinta-feira, 3 de junho de 2010

Fim de um ciclo: Rafa Benítez deixa o Liverpool


Após mais de meia temporada de especulação sobre a saída de Rafa Benítez do Liverpool, enfim o anúncio aconteceu: o técnico espanhol não dirige mais os Reds. A rescisão contratual foi feita em comum acordo entre as partes.

Benítez gozava de prestígio quase que vitalício entre os torcedores depois da épica virada na final da UEFA Champions League 2004/05, quando perdia por 3 x 0 para o Milan, mas buscou o empate e a vitória nos pênaltis. Porém, a temporada recém-terminada foi abaixo da crítica, com o clube sendo eliminado na fase de grupos e sequer conseguindo vaga na edição seguinte, terminando a Premier League em 7º lugar.

O nome do treinador aparece entre um dos possíveis nomes para substituir José Mourinho no comando da Inter de Milão.

Avram Grant é o novo técnico do West Ham


O site oficial do West Ham confirmou, na manhã desta quinta-feira, o acerto com Avram Grant como novo treinador do clube. O contrato tem duração de quatro anos.

Em entrevista ao novo clube, Grant mostrou sua alegria com o acordo: "Eu estou orgulhoso e honrado de ser o técnico do West Ham. Será um desafio empolgante e eu estou pronto para fazer o meu melhor".

O treinador israelense esteve no comando do Portsmouth na atual temporada, assumindo quando este já estava afundado em dívidas, e não conseguiu evitar o rebaixamento. Porém, levou o Pompey a uma inesperada final de FA Cup, onde foi vencido pelo Chelsea por 1 x 0. Ele assume o lugar de Gianfranco Zola, que teve fraca temporada no comando dos Hammers, uma posição acima da zona de rebaixamento.

terça-feira, 1 de junho de 2010

A temporada de cada um dos 23 convocados por Fabio Capello



O técnico Fabio Capello definiu hoje os 23 convocados para a Copa do Mundo, cortando sete jogadores da lista de 30. A ausência mais surpreendente foi a de Theo Walcott, que fez bom jogo no amistoso contra o México.
Além dele, foram cortados Michael Dawson, Leighton Baines, Tom Huddlestone, Scott Parker, Adam Johnson e Darren Bent.

A exclusão de Bent, autor de 24 gols na Premier League, se faz incompreensível quando se convoca Emile Heskey, que fez inaceitáveis 3 gols em 31 jogos. Um absurdo é o mínimo que se pode dizer dessa opção do técnico italiano.

Abaixo, a lista final do English Team, com os números de cada jogador durante a temporada 2009/10.


Goleiros:

David James (Portsmouth)
Jogos: 29
Gols sofridos: 42

Robert Green (West Ham)
Jogos: 41
Gols sofridos: 72

Joe Hart (Manchester City)
Jogos: 41*
Gols sofridos: 46*

* Todos pelo Birmingham

Laterais:

Glen Johnson (Liverpool)
Jogos: 35
Gols: 3
Assistências: 3

Ashley Cole (Chelsea)
Jogos: 35
Gols: 4
Assistências: 5

Stephen Warnock (Aston Villa)
Jogos: 42*
Gols: 1
Assistências: 5

* Uma partida pelo Blackburn


Zagueiros:

John Terry (Chelsea)
Jogos: 52
Gols: 3
Assistências: 5

Rio Ferdinand (Manchester United)
Jogos: 21

Jamie Carragher (Liverpool)
Jogos: 53
Assistências: 1

Ledley King (Tottenham)
Jogos: 21
Gols: 2

Matthew Upson (West Ham)
Jogos: 35
Gols: 3


Meias defensivos:

Gareth Barry (Manchester City)
Jogos: 43
Gols: 3
Assistências: 7

Michael Carrick (Manchester United)
Jogos: 44
Gols: 5
Assistências: 2


Meias centrais:

Steven Gerrard (Liverpool)
Jogos: 49
Gols: 12
Assistências: 12

Frank Lampard (Chelsea)
Jogos: 51
Gols: 27
Assistências: 19

James Milner (Aston Villa)
Jogos: 47
Gols: 11
Assistências: 15


Wingers:

Aaron Lennon (Tottenham)
Jogos: 24
Gols: 3
Assistências: 11

Shaun Wright-Phillips (Manchester City)
Jogos: 38
Gols: 7
Assistências: 10

Joe Cole (Chelsea)
Jogos: 39
Gols: 2
Assistências: 7


Atacantes:

Wayne Rooney (Manchester United)
Jogos: 44
Gols: 34
Assistências: 6

Peter Crouch (Tottenham)
Jogos: 47
Gols: 13
Assistências: 6

Jermain Defoe (Tottenham)
Jogos: 43
Gols: 24
Assistências: 5

Emile Heskey (Aston Villa)
Jogos: 40
Gols: 5
Assistências: 2


- Para efeito de comparação, os números dos jogadores cortados:

Michael Dawson (Tottenham) - Zagueiro
Jogos: 40
Gols: 2

Leighton Baines (Everton) - Lateral-esquerdo
Jogos: 45
Gols: 2
Assistências: 8

Tom Huddlestone (Tottenham) - Meia defensivo
Jogos: 43
Gols: 4
Assistências: 4

Scott Parker (West Ham) - Meia central
Jogos: 33
Gols: 2
Assistências: 3

Adam Johnson (Manchester City) - Winger
Jogos: 44*
Gols: 13*
Assistências: 10*

* 28 jogos, 12 gols e 5 assistências pelo Middlesbrough

Theo Walcott (Arsenal) - Winger
Jogos: 30
Gols: 4
Assistências: 2

Darren Bent (Sunderland) - Atacante
Jogos: 40
Gols: 25
Assistências: 1