Na decisão da Copa da Liga Inglesa, neste domingo, a história de toda temporada se repetiu: Wayne Rooney foi decisivo. Num estádio Wembley lotado por 90 mil pessoas, os Red Devils venceram o Aston Villa de virada por 2 x 1 e faturaram o seu quarto título da competição.
O Aston Villa, que buscava seu primeiro título desde 1996, foi com a sua força máxima para a partida, enquanto Alex Ferguson se deu ao luxo de poupar alguns titulares, dentre eles Rooney. Sem seu principal atacante, Ferguson optou por escalar a dupla Michael Owen e Dimitar Berbatov, fazendo assim o mesmo 4-4-2 que Martin O’Neill montou em sua equipe.
Eis que, de cara, o Villa abre o placar logo aos quatro minutos: Nemanja Vidic é desarmado por Gabriel Agbonlahor e parte em direção ao gol. Sem outra alternativa, Vidic comete pênalti no avançado inglês, devidamente convertido por James Milner, sem defesa para Tomasz Kuszczak, que ganhou a posição de Van der Sar, também poupado. A vantagem era tudo que o time de Martin O’Neill precisava, pois tem no seu setor defensivo, o menos vazado de toda Premier League, a chave da boa temporada.
Mas veio o inesperado: aos 12 minutos, o zagueiro Richard Dunne, que faz belíssima temporada, falhou feio, perdendo a bola para Dimitar Berbatov. O búlgaro correu em direção à área, mas foi desarmado por Dunne que, por infelicidade pura, fez do desarme uma assistência para Michael Owen bater cruzado, no canto direito de Brad Friedel, empatando o confronto.
A partida se manteve equilibrada, com Ashley Young e Stewart Downing aberto pelos flancos, sempre invertendo os lados, levando perigo constante, e tendo em Milner seu grande jogador. Depois desse equilíbrio, o Manchester passou a se impor na partida, tomando conta do meio campo, especialmente com as boas atuações de Park Ji-Sung e Antonio Valencia, que sufocavam a saída de bola e obrigavam os zagueiros a rifarem a bola. O primeiro tempo terminou com o Man Utd melhor, mas mais do que isso: Owen saiu lesionado e deu lugar a Wayne Rooney, fazendo crescer as expectativas para a etapa seguinte.
Na volta para o segundo tempo, o panorama do final da primeira metade não se alterou, e o Manchester seguia tendo mais domínio da bola, não permitindo que o Aston Villa criasse jogadas de perigo; quando muito, apenas em bolas paradas. Já o United seguia em cima, criando boas jogadas, fazendo uso da boa partida de Berbatov, preparando jogadas, como em uma que serviu Michael Carrick para bater da entrada da área, em grande defesa de Friedel.
O gol da virada saiu como na maneira citada: Valencia fez jogada pela direita e tocou para Berbatov, que devolveu num belo toque de letra, deixando o equatoriano em condições de cruzar na cabeça de Rooney que, com uma cabeçada milimetricamente indefensável, não deu chances de defesa para Friedel.
O Aston Villa tentou reagir, Martin O’Neill sacou o lateral Carlos Cuellar, de partida lamentável, e colocou o atacante norueguês John Carew, mas não adiantou, o título já era vermelho.
Ficha da partida:
Aston Villa(4-4-2): Friedel; Cuellar(Carew), James Collins, Dunne e Warnock; Ashley Young, James Milner, Stiliyan Petrov e Downing; Agbonlahor e Heskey.
Téc.: Martin O'Neill.
Man Utd(4-4-2): Kuszczak; Rafael(Gary Neville), Vidic, Evans e Evra; Valencia, Carrick, Fletcher e Park(Gibson); Owen(Rooney) e Berbatov.
Téc.: Alex Ferguson.
Um comentário:
A diferença que dá ter um craque em campo. O Rooney não tava bem, criou pouco, mas quando o Collins desgrudou pela primeira vez, o Shrek marcou
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