sexta-feira, 5 de fevereiro de 2010

Análise da semana: E os jogos grandes, Arsenal?


28 de novembro de 2009, o então terceiro colocado Arsenal receberia a visita do líder Chelsea, pela 14ª rodada. Era o jogo para fazer o time de Arsène Wenger chegar de vez na real disputa pelo título. Resultado: derrota por 3 x 0.

31 de janeiro de 2010, o então terceiro colocado Arsenal receberia a visita do vice-líder Manchester United, pela 24ª rodada. Era o jogo para fazer o time de Arsène Wenger assumir a segunda colocação e ficar a três da liderança. Resultado: derrota por 3 x 1.

Os Gunners perderam apenas duas partidas atuando no Emirates Stadium, mas nada menos do que contra seus dois principais rivais na luta pelo título. Naturalmente não se tem obrigação de derrotar Chelsea ou Man Utd em circunstância alguma, mas do mesmo jeito que a parada é difícil para o Arsenal, também é difícil para os dois, ainda mais como visitantes, e se saíram bem.

Então, afinal, o que falta ao Arsenal?

Não cairei no clichê de resumir tudo à falta de experiência do elenco, até porque o time não é tão inexperiente como se prega por aí; Almunia, Sagna, Gallas, Vermaelen, Clichy, Fabregas, Arshavin e Eduardo da Silva já têm bons quilômetros rodados no futebol. O problema é que seu grande craque, o espanhol Cesc Fabregas, é justamente o mais novo dos citados, com apenas 22 anos.

Mas algo contraditório acontece por lá: o melhor ataque da Premier League tem problemas ofensivos, a ponto de sequer ter alguém lutando pela artilharia (Fabregas, o artilheiro do time, tem 11 gols). Desde a lesão de Robin van Persie, em novembro de 2009, o Arsenal passou a atuar sem um centroavante de ofício – coisa que nem Van Persie era, mas se adaptou bem na função. Wenger optou por tentar fazer de Arshavin esse jogador, mas ainda que não tenha ido mal, não é onde o russo rende mais. E aí há uma grande, talvez a maior, diferença para os dois rivais, que contam com belíssimas temporadas de Didier Drogba e Wayne Rooney.

Esperava-se do treinador francês um nome para o ataque na janela de janeiro. Especulou-se Edin Dzeko, do Wolfsburg, e Marouane Chamakh, do Bordeaux, e no fim quem veio foi o zagueiro Sol Campbell. Não trazer um centroavante pode ter sido fatal para as pretensões na Premier League, pois convenhamos, a distância de Eduardo da Silva ou Bendtner para Drogba e Rooney é maior do que a do Arsenal para a liderança do campeonato.

Domingo há uma chance de contrariar o post: enfrenta o Chelsea, no Stamford Bridge. Em caso de vitória dos Blues, o Arsenal deve se preocupar exclusivamente com Champions League.


Time-base(4-3-3): Almunia; Sagna, Gallas, Vermaelen e Clichy; Song-Billong, Fabregas e Diaby(Denílson); Rosicky, Arshavin e Eduardo da Silva

Artilheiros na temporada:
Cesc Fabregas - 14 gols
Andrey Arshavin - 9 gols
Robin van Persie - 8 gols
Thomas Vermaelen - 7 gols

Próximos compromissos:
07/02 Premier League - Chelsea vs.
10/02 Premier League - vs. Liverpool
17/02 Champions League - Porto vs.
20/02 Premier League - vs. Sunderland
27/02 Premier League - Stoke City vs.

6 comentários:

Paulinho 719 disse...

Perfeita a analise. e é isso msm, para o Gunners só resta vencer em Stanford Bridge... pois se não a preocupação deve ser uma vaga para a champions league msm...


vlw....

Daniel Leite disse...

Sem dúvida, cara, façamos a parceria. Já adicionei teu blog à lista do http://ortodoxoemoderno.blogspot.com. Aliás, gostei bastante deste espaço.

Sobre o Arsenal, estou de acordo. Tenho traçado a mesma linha de raciocínio há algum tempo.

Abraço!

O autor disse...

Opa, gostei muito do seu espaço e do assunto que aborda. Sou um grande admirado também do futebol inglês.

Tenho um blog sobre futebol também, dá uma olhada: http://diarioesportivogolaco.blogspot.com

Vamos fazer parceria de links?

Sobre o Arsenal, acho que o grande problema é o fato de Wenger não escalar nenhum homem de referência no ataque, nenhum centrovante. Acaba que Van Persie e Arshavin se revezem na função e nenhum dos dois se sai bem. O Eduardo da Silva também não consgeue voltar à boa fase após a grave lesão que sofreu. Enfim, espera-se que os Gunners tomem rumo novamente...

Abraços

Rui Almeida Santos disse...

De facto é um pouco como está descrito no post. O Arsenal joga um futebol de grande qualidade, mas não tem um finalizador à altura.
Dzeko seria uma excelente opção para os 'gunners', mas talvez não esteja ao alcance dos bolsos do Arsenal.
Espero com expectativa para ver o que serão capazes de fazer na Champions contra o FC Porto. Será sem dúvida uma eliminatória muito equilibrada, salvo alguma surpresa.

P. L. F. V. disse...

No início da temporada, eu falei sobre isso no meu blog (http://viniciusfrancosports.blogspot.com/2009/09/arsenal-so-contra-os-mais-fracos.html).
O Arsenal goleia, dá show, joga um futebol muito bonito. Mas contra os grandes, nos confrontos decisivos, escorrega.

Lucho Cláudio disse...

Arsène Wenger é o Tcheco daqui 25 anos... parecido né?! jeje


Abraço!